Na época dos seus avós e bisavós, era comum as famílias brasileiras criarem galinhas no quintal de casa. Não existia ainda produção de frango em larga escala, e o Brasil também não se destacava mundialmente nas colheitas de milho. O frango na panela dos domingos vinha do fundo do terreno, assim como os ovos para fazer omeletes, bolos e tortas.
Naquele tempo, uma raça de galos se notabilizava, não porque produzisse muitos ovos ou carne, mas pelo seu tamanho e suposta valentia. Os galos Garnizé são esses galinhos que você vê nesses vídeos das redes sociais. Pequenino e de peito estufado, o garnizé parte para cima dos outros galos sem medir as consequências. Quase sempre, se não separam a briga, ele toma uma surra.
Mas o garnizé não desiste e vive se metendo em encrencas. Antigamente, era normal ter de colocar os garnizés num espaço separado do galinheiro para protegê-los das consequências do seu temperamento explosivo.
O Brasil hoje é governado por um presidente da raça Garnizé. Luís Inácio Lula da Silva se comporta como um típico galinho desses, sem noção do seu tamanho e das consequências desastrosas das brigas em que se mete. No episódio mais recente, nosso garnizé afronta, chama para a briga um galo muito maior, que são os Estados Unidos.
Para entender a diferença, basta um dado: o PIB do Brasil é de 2 trilhões de dólares, enquanto o PIB americano alcança 28 trilhões de dólares. Brasil e Estados Unidos nunca tiveram escaramuças mais sérias. São aliados de longa data por questões ideológicas.
No entanto, nosso galo garnizé decidiu se aliar a países autocráticos governados por tiranos, desafiando a hegemonia do Ocidente, desafiando o dólar, desafiando o papel dos Estados Unidos na ordem internacional.
Repare no que Lula disse nos últimos dias:
“Cansamos de ser subordinados ao norte. A gente não aceita desaforamento contra o Brasil. Não tenho nada para conversar com o Trump. Não aceitamos intromissão em nossas decisões soberanas.”
E por aí afora… Basta assistir a um trecho da entrevista de Lula para perceber que o galo garnizé dentro dele aflorou, e o galinheiro inteiro corre risco com essa bravura indômita.
Mas o que mais vai valer é o seguinte:
“Nós temos a lei da reciprocidade, que foi aprovada no Congresso Nacional. E não tenha dúvida que, primeiro, nós vamos tentar negociar. Mas, se não tiver negociação, a lei da reciprocidade será colocada em prática. Se ele vai cobrar 50 de nós, nós vamos cobrar 50 dele. Respeito é bom. Eu gosto de dar e gosto de receber.”
O que não pode é ele pensar que foi eleito para ser xerife do mundo. Ele foi eleito para ser presidente dos Estados Unidos. Ele pode fazer o que quiser dentro dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, quem manda somos nós, brasileiros.
Em artigo em jornais internacionais, Lula escreveu que o mundo precisa resgatar o multilateralismo e ameaça recorrer contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio. Ele faz de conta que não sabe que a OMC está paralisada há vários anos, pela falta de árbitros entre os países.
Dentre todos os países do G20 que receberam tarifas adicionais de Trump, o Brasil foi o único que não procurou estabelecer uma negociação bilateral. Em vez disso, achou que 10% estava bom, e Lula decidiu praticar o esporte de falar mal dos americanos.
Apoiou o STF nas ordens ilegais contra americanos e empresas americanas. Também bancou o galo garnizé, semeou o vento e agora colhe tempestade. E, pior, quer arrastar o país todo para essa briga que não é nossa — é do PT e dos esquerdistas.
“E os Estados Unidos que se cuidem”, alerta Lula.
Em entrevista à televisão, o petista argumentou:
“Se ele, Trump, ficar brincando de taxação, vai ser infinita essa taxação. Nós vamos chegar a milhões e milhões de milhões por cento de taxa. O que o Brasil não aceita é intromissão nas coisas do Brasil.”
Fecha aspas.
E agora, quem segura esse galinho garnizé?
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