Correios registram prejuízo de mais de R$ 4 bi no 1º semestre

O balanço divulgado nesta sexta-feira, 5, revela que os Correios encerraram o primeiro semestre de 2025 com um prejuízo de mais de R$ 4 bilhões. O valor é mais de três vezes superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

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O resultado negativo, que em 2024 era pouco mais de R$ 1 bilhão, expõe o agravamento da situação financeira da estatal. De janeiro a junho deste ano, a receita líquida caiu para R$ 8 bilhões, enquanto no ano passado era de R$ 9 bilhões no mesmo intervalo.

Aumento de despesas dos Correios

As despesas gerais e administrativas também subiram significativamente — passaram de quase R$ 2 bilhões em 2024 para mais de R$ 3 bilhões em 2025. O aumento dos custos, somado à redução das receitas, tem pressionado ainda mais o caixa da empresa.

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De acordo com os Correios, fatores externos, como mudanças regulatórias que afetaram o segmento internacional, reduziram o volume de postagens e ampliaram a concorrência. Isso teria impactado a geração de receitas.

A presidência da estatal segue sob comando do advogado Fabiano Silva, conhecido como churrasqueiro de Lula. Ele chegou a entregar a carta de renúncia ao presidente da República, mas permanece à frente da companhia. O União Brasil, partido aliado do petista, já havia manifestado interesse por mais espaço na gestão da empresa.

Medidas para contenção da crise

Entre as medidas adotadas para conter a crise, a estatal anunciou a venda de imóveis, um programa de demissões voluntárias e o lançamento de um marketplace.

O Comitê Executivo de Contingência coordena o plano de recuperação, que foca na diversificação dos serviços, expansão comercial, redução de custos operacionais e otimização de despesas, sem comprometer a universalização dos serviços postais.

Leia mais: “O PT quebrou os Correios”, coluna de Carlo Cauti publicada na Edição 276 da Revista Oeste

Com o objetivo de viabilizar projetos estratégicos, os Correios buscam um financiamento de R$ 4 bilhões no Novo Banco de Desenvolvimento, com prazo de 240 meses e carência de 60 meses.

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Fonte: Revista Oeste

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