Oposição reage a voto de Moraes contra Jair Bolsonaro

Congressistas aliados de Jair Bolsonaro subiram o tom nesta terça-feira, 9, contra o Supremo Tribunal Federal (STF). As manifestações ocorreram depois de o ministro Alexandre de Moraes iniciar a leitura de seu voto no julgamento que pode levar à condenação do ex-presidente por suposta tentativa de golpe.

Conforme os parlamentares, o processo conduzido pela Primeira Turma da Corte ultrapassa os limites da legalidade. Nesse sentido, eles argumentam que a ação configura uma perseguição política contra o ex-chefe do Executivo.

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O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que o julgamento de Bolsonaro representa uma resposta institucional às críticas que o ex-presidente fez ao STF. Segundo ele, o alvo não é um eventual crime, mas o posicionamento político de quem denunciou abusos de poder.

“Bolsonaro está sendo condenado por ter criticado a DITADURA DO MORAES e STF”, escreveu o congressista.

Gayer também mencionou a libertação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como símbolo de parcialidade do Judiciário. “Por não ter ficado calado enquanto via o STF retirando um condenado da cadeia e o colocando na presidência do Brasil”.

Por sua vez, o senador Marcos Rogério (PL-RO) classificou o julgamento como uma tentativa de reescrever a história do país. Ele afirma que Bolsonaro “virou alvo de um processo político, conduzido por ministros que já mostraram de que lado estão”.

“O relator, Alexandre de Moraes, ignora as contradições gritantes da delação de Cid e ainda ataca quem ousa questionar”, disse Rogério. “Querem reescrever a história, condenar sem provas e transformar divergência política em crime.”

Flávio Bolsonaro acusa STF de fabricar sentença contra seu pai

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também se pronunciou, dizendo que o julgamento de seu pai representa um “linchamento judiciário”. Segundo ele, a condenação já estava pronta antes mesmo da análise dos autos.

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“Não há dúvidas de que esse texto de hoje foi escrito meses, talvez anos antes do julgamento”, ponderou Flávio. “E não há dúvidas de que os ‘fatos’ e narrativas foram construídos a posteriori, moldados para caber perfeitamente na sentença pré-escrita.”



Fonte: Revista Oeste

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