Oposição vai pedir impeachment de Gonet e proteção a Tagliaferro

Medidas articuladas pela oposição a Luiz Inácio Lula da Silva incluem a solicitação de impeachment do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e requerimento de habeas corpus para Jair Bolsonaro e outros sete acusados de suposta tentativa de golpe, depois de denúncias de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entre as ações definidas nesta quarta-feira, 3, estão o envio de relatório com as denúncias de Tagliaferro a governos dos Estados Unidos, da Itália e da Argentina, além de pedido à Embaixada da Itália no Brasil para apoio à proteção de Tagliaferro e solicitação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para garantir a segurança da família do ex-assessor no Estado.

Outros encaminhamentos incluem requisição à Advocacia do Senado Federal sobre acesso dos advogados dos acusados aos documentos recebidos, solicitação à Polícia Legislativa do Senado Federal para análise pericial das provas apresentadas e envio de relatório e evidências das denúncias para:

  • Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
  • Procuradoria-Geral da República (PGR);
  • Supremo Tribunal Federal (STF);
  • Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
  • Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);
  • Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O depoimento de Tagliaferro no Senado

Tagliaferro TV Senado
Tagliaferro, em audiência pública na Comissão de Segurança Pública do Senado Federal | Foto: Reprodução/YouTube/TV Senado

Durante audiência realizada na Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Tagliaferro acusou o ministro Alexandre de Moraes de alterar relatório técnico para justificar operação da Polícia Federal contra empresários em agosto de 2022.

A sessão aconteceu no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento de Bolsonaro e outros sete réus.

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Em seu depoimento, Tagliaferro também apresentou à comissão do Senado conversas mantidas com Paulo Gonet, período em que comandava a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE nas eleições de 2022.

Segundo o ex-assessor, Moraes e Gonet articulavam previamente as denúncias que seriam protocoladas pela Procuradoria-Geral da República nos Tribunais Regionais Eleitorais.

Leia também: “A fraude exposta”, reportagem de capa da Edição 285 da Revista Oeste. Aqui estão os detalhes da Vaza Toga 3

Fonte: Revista Oeste

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