A pressão por uma anistia que possa beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e impedir sua prisão ganhou novo fôlego, durante o julgamento dos réus dos supostos crimes de relacionados aos atos do 8 de janeiro, em Brasília. O cenário reflete as disputas entre os Poderes, com as eleições de 2026 na mira dos agentes políticos.
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Líderes do centrão e da oposição alegam ter maioria suficiente para aprovar um perdão amplo para todos os envolvidos. A ideia não é a mesma da posição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que defende um projeto restrito a penas menores, sem a inclusão de figuras de alto escalão, como Bolsonaro, por exemplo.
Caso aprovada, a anistia não reverteria a inelegibilidade de Bolsonaro, já determinada pela Justiça Eleitoral. Esse fato favorece a construção da candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que intensificou sua articulação em Brasília nos últimos dias.
Articulações de apoiadores de Bolsonaro no Congresso

No STF e no governo Lula, a percepção nesta quarta-feira, 3, é que o movimento pela anistia se fortaleceu, com a busca de Tarcísio por apoio do centrão e seu ímpeto de responder às dúvidas de apoiadores de Bolsonaro sobre seu envolvimento com a defesa do ex-presidente.
Para que o perdão avance, será necessária a sanção de Lula. Contudo, o Congresso pode derrubar eventual veto. O STF também deverá se manifestar sobre a constitucionalidade da medida, caso seja questionado judicialmente.
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Parlamentares calculam a necessidade de cerca de 300 votos na Câmara para aprovar a anistia ampla, que evitaria a prisão do ex-presidente. O julgamento de Bolsonaro e outros sete acusados está previsto para terminar na próxima semana. Ele pode resultar em penas superiores a 40 anos de prisão.
Fonte: Revista Oeste
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