Donald Trump afirmou que alcançou o que parecia ser impossível, ao mediar o cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Apesar da fala do presidente norte-americano, durante assinatura de um acordo internacional no Egito, a paz completa ainda depende do cumprimento de diversos pontos do plano.
Cessar-fogo em Gaza
- O acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza entrou em vigor na última sexta-feira (10/10), após negociações entre Israel e Hamas mediadas pelos EUA, Egito, Catar e Turquia.
- A trégua começou com o fim completo dos combates na Faixa de Gaza.
- Já nesta segunda-feira (13/10), Israel e Hamas iniciaram a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
- Estes são apenas alguns dos 20 pontos do plano de paz, apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no fim de setembro.
- A partir de agora, fica no ar a dúvida sobre se os dois lados do conflito irão seguir o que está acertado.
Com o fim das hostilidades no último fim de semana, Israel e Hamas iniciaram, na segunda-feira (13/10), a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
Ao todo, 20 pessoas sequestradas pelo Hamas, em 7 de outubro de 2023, foram devolvidas para Israel. Em contrapartida, o governo israelense libertou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos para o território da Palestina.
Apesar do avanço, o Hamas ainda precisa devolver 24 corpos de reféns mantidos no enclave palestino, conforme prevê o acordo de Trump. Até o momento, apenas 4 cadáveres foram enviados de Gaza para Israel.
Novas discussões
Somente após o retorno do restante dos corpos, as discussões sobre a implementação dos outros pontos da trégua serão iniciadas. O Hamas, porém, ainda não detalhou quando eles devem ser transferidos para Israel, alegando dificuldades em localizar os cadáveres em meio aos escombros na Faixa de Gaza.
O atraso já criou o primeiro ponto de conflito no plano de paz entre Israel e o grupo palestino.
Logo após o anúncio de que apenas quatro corpos retornariam no primeiro dia de trocas, o ministro da Defesa de Israel criticou o Hamas, e disse que qualquer violação nos compromissos terá uma resposta israelense.
“O anúncio do Hamas sobre o retorno esperado de quatro corpos hoje é um fracasso no cumprimento de compromissos”, escreveu Israel Katz em um comunicado, divulgado na rede social X. “Qualquer atraso, ou omissão intencional, será considerado uma violação flagrante do acordo e será respondido adequadamente”.
A expectativa é de que os outros pontos do plano de paz passem a ser discutidos após esta primeira etapa.
Segundo o documento divulgado pelo governo norte-americano, após a libertação dos reféns o próximo passo é a desmilitarização do Hamas. Após entregarem as armas, os membros do grupo que aceitarem a rendição devem receber anistia, ou passe livre para buscarem refúgio em outros países.
A possível deposição se armas pela organização palestina, contudo, ainda é incerta. Ao anunciar a trégua, o Hamas não deixou claro se pretende cumprir, ou não, a determinação norte-americana.
Além disso, um novo recuo das Forças de Defesa de Israel (FDI), a implementação da Força Internacional de Estabilização Temporária (FIE) e a formação do novo governo para Gaza — sem o Hamas — também devem ser discutidas somente após o fim do atual estágio da trégua.
Fonte: Metrópoles
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