Lupi diz que não pode ser responsabilizado por terceiros

Em depoimento à CPMI do INSS na noite desta segunda-feira, 8, Carlos Lupi (PDT) disse que não pode ser responsabilizado por atos de terceiros na fraude bilionária identificada no instituto. A fala ocorreu depois de o ex-ministro da Previdência Social ter sido interpelado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). 

“Meu filho não pode responder pelos meus erros e eu não posso responder pelos erros de quem eu amei”, argumentou Lupi, ao falar da fraude do INSS. “Cada um é responsável pelos seus atos.”

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O ex-integrante do governo ainda citou a multiplicidade de tarefas sob sua alçada, que iam além de áreas específicas como o instituto, abrangendo aposentadorias, pensões, bolsas e apoio a crianças com deficiência: “Eu não tinha que tomar conta só do INSS e só da parte que representa o desconto associativo”.

Ele ilustrou a dimensão do trabalho com “milhões de processos por mês” que chegam à Presidência, exigindo discussão da “marca política do ministério” e dos objetivos de cada órgão.

Ao longo de todo o seu depoimento, Lupi insistiu diversas vezes que o INSS é uma “autarquia autônoma e independente” e que não possuía ingerência sobre decisões normativas. 

Também na sessão desta segunda-feira, Lupi foi indagado pelo relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL) sobre contatos pessoais com investigados pela fraude bilionária.

O ex-ministro disse não conhecer Maurício Camisotti e não se recordar do lobista Antônio Carlos Camilo, mais conhecido como “Careca do INSS”. 

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Quanto ao irmão do presidente Lula, conhecido como Frei Chico, Lupi afirmou já ter participado de reuniões em que ele estava presente, mas negou qualquer pedido pessoal: “Nunca lhe fez pedido de ninguém, ele estava na representação sindical.”

O ex-ministro também confirmou ter recebido “mais de cinco vezes” Milton Carvalho, presidente do Sinap e membro do PDT em São Paulo, além de encontros no partido após deixar o ministério. 



Fonte: Revista Oeste

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